Gênero

De acordo com Joana Maria Pedro (2005) a partir dos anos 80 os movimentos feministas e de mulheres passaram a usar a palavra “gênero” no lugar de “sexo”; esses movimentos reforçavam a idéia de que as diferenças nos comportamentos de homens e  mulheres não dependiam do sexo biológico; eram definidas pelo gênero portanto ligados à cultura.
Pedro relaciona os movimentos feministas ocorridos em primeira e segunda onda e afirma que foi no interior da segunda onda, num momento em que a prioridade do movimento era as lutas pelo direito ao corpo, ao prazer e contra o patriarcado, que surgiu a palavra “gênero”.
Os debates feministas pretenderam com uso da categoria “gênero” diferenciar a construção social do sexo anatômico, numa discussão que no início da segunda onda desse movimento era constituído por grupos de reflexões composto somente de mulheres que reivindicavam as questões específicas da mulher, “mulher usada em oposição à palavra homem universal”.
 O debate entre as feministas não comungavam das mesmas idéias, além disso, algumas mulheres não se consideravam incluídas nas reivindicações. Fazendo com que vissem que não havia a mulher, mas sim diversas mulheres com diferentes formas de opressão pela sociedade.
Os movimentos feministas apesar de avançar no sentido de trazer para o debate questões pertinentes às mulheres e importantes conquistas no campo da conquista de direitos, não conseguiram traduzir a problemática da diferença ou igualdade entre os sexos. De acordo com Joan W. Scott, citado por Silvana Aparecida Mariano “... precisamos de teorias que nos permitam pensar em termos de pluralidades e diversidades, em lugar de unidades e universais.”
Pais/mães e educadores/educadoras têm um papel fundamental na produção de sentido acerca da equidade de gênero, são eles que através de ações e de educação constroem essa relação entre homens e mulheres e homossexuais.

BIBLIOGRAFIA:
PEDRO, Joana Maria. Traduzindo o debate: o uso da categoria gênero na pesquisa histórica. In: História. São Paulo: v. 24, n.1, pp. 77-98, 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/his/v24n1/a04v24n1.pdf. Acesso em 28/01/2011 (disponível no ambiente moodle).

MARIANO, Silvana Aparecida. Igualdade e Diferenças nas Teorias Feministas. Trabalho apresentado no XXIII Simpósio Nacional de História, a ser realizado no período de 17 a 22 de julho de 2005, na Universidade Estadual de Londrina. 

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